Um novo tratamento para a doença do refluxo
Data da publicação: 25 de novembro de 2019 Categoria: NotíciasPesquisadores da UFC identificaram substância, obtida a partir do caule do cajueiro, que protege o esôfago dos incômodos da doença
Uma nova possibilidade de lidar com o refluxo está sendo investigada pelo Laboratório de Estudos da Fisiofarmacologia Gastrintestinal (LEFFAG) da Universidade Federal do Ceará. Trata-se de uma pesquisa, realizada em parceria com a Queen Mary University of London, que identificou uma substância obtida a partir do caule do cajueiro capaz de proteger o esôfago dos incômodos causados pela doença.
O refluxo é um distúrbio que faz os elementos do suco gástrico voltarem pelo esôfago em vez de seguirem o fluxo normal da digestão. Isso ocorre devido a uma falha no esfíncter, estrutura muscular similar a uma válvula que impede o líquido de passar de uma parte do corpo para outra.
É justamente o contato com o suco gástrico que irrita os tecidos do esôfago e provoca sintomas como azia, queimação e regurgitação. Em alguns casos, o refluxo chega a provocar lesões no esôfago, identificadas pela endoscopia.
Nos primeiros testes, com animais, os pesquisadores simularam a doença do refluxo não erosivo para testar a goma (Foto: Viktor Braga/UFC)
A melhor forma de apresentação da substância ainda será definida pelo estudo. “Pode ser na forma de gel, comprimido ou tablete. Mas são alterações fáceis, porque o produto básico é muito simples do ponto de vista de constituição”, afirma Lucas, que já tem recebido propostas de empresas para parcerias na comercialização do produto.
SUSTENTÁVEL
Outra vantagem da goma do cajueiro é que sua extração não leva a qualquer desmatamento da espécie vegetal, sendo uma exploração totalmente sustentável, já que a incisão feita no tronco para retirada da resina é fechada naturalmente pela própria planta. “Não há impacto ambiental, se o processo é comparado ao de outras espécies vegetais em que você precisa removê-las para utilizá-las em estudo”, justifica Lucas.
Fonte: https://agencia.ufc.br/um-novo-tratamento-para-o-refluxo/